A filosofia tem um grande apreço pela linguagem. Para Aristóteles a linguagem é a presença ausente do ser. Para Heidegger é a casa do ser. Para Wittgenstein, é a organização de símbolos segundo certas regras. Isso está presente na relação das formas de organização do discurso para pensar a Epistemologia e sua relação com as formas de vida. As formas de vida são a origem e as bases sob as quais organizamos nossos discursos, em diferentes contextos. As ações de produção do conhecimento, em geral, e da ciência, em particular, são inseparáveis das visões de mundo, dos valores e das crenças em que tais práticas são engendradas e regradas discursivamente. Atrelar os limites da linguagem e os usos significativos da linguagem às formas de vida é um exercício filosófico-terapêutico necessário para evitar o dogmatismo, o ceticismo, o obscurantismo, o idealismo e todas as formas que adoecem o pensamento. A análise terapêutica, feita por Wittgenstein, apresenta a linguagem como ação. A atividade filosófica visa a cuidar das razões usadas para agir. É uma forma de evitar as doenças do pensamento.  O princípio de Goethe está presente como ícone. No princípio era o ato — “Im Anfang war die Tat”.